sábado, 21 de junho de 2008

Psicodelismo no Jardim Botânico


Minha gente, é sempre muito bom ver , rever e lembrar . E assim têm sido os nossos encontros. Ora com muitos , ora com poucos . Ora com uma expectativa enorme de reencontros , ora sem imaginar o que podemos encontrar . Não foi diferente nesse último .

Ficamos esperando, à todo momento , a Loise aparecer com sua malinha primícia; a Norminha dando um pulinho para um oi ; a chegada triunfal do trio Dulce, Silvia e Cristine; a alegria da Kátia Klein; a surpresa da Lúcia, Beth, Maura, Monica Tocci, Claudia Maria e Maria Angélica... em vão .

Da Ana Paula, Andréa Ernesto, Isabela e Luis... aguardei, ao longo dos dias , “ um oi como vai, eu vou indo e você , tudo bem ?” a la Paulinho da Viola .

Gisele e Márcia Meneses avisaram; o Marcelo simulou uma ausência mas compareceu. Valdir, Marcelo Rangel, Capa , Dentinho, Digrilo e Kátia Brito ficaram devendo, mais uma vez .

Mas é perda de tempo falar dos queridos ausentes. O bom é falar do presente e o que nos espera o futuro . Dizem por aí , que o futuro a Deus pertence . Eu como não costumo “jogar ” a responsabilidade para ninguém , vou fazendo a minha parte .

Mas como eu estava escrevendo, o encontro é sempre muito bom . E dessa vez, foi um encontro de grandes revelações e, para mim, conhecimentos. Por exemplo, aprendi que a pessoa que possui um vício é um actinófris... actínico... actínio, sei lá . Actinobolia seria então o medo dos actínios em tomarem a primeira dose ? Será isso ? Ou entendi errado? Não confundam com o iogurte activa, isso é para desinimibir órgãos preguiçosos . Não é esse o caso . Mas , se por acaso estiver errado, logo logo virá a retificação, portanto aguardem.

Aprendi também , que num laboratório de análises clínicas, aquele que justamente avalia o teor e consistência da ação do activa, faz-se mapa astral . Ops! Mapa. Somente mapa .

Mas o melhor mesmo - e que vocês, ausentes , vão ficar se mordendo de curiosidade - foi saber que uma de nossas colegas virou uma grande cafetina no sul da França, uma outra teve três amantes mais novos e que uma terceira ficou grávida, se casou e se separou antes do primeiro filho nascer .... Isso, só mesmo, por meio da minha mente doentia e perversa , ou da minha progressiva senilIDADE .

Brincadeiras à parte, o encontro só gerou alegria , diversão e psicodelismo... É, psicodelismo! Afinal, somos frutos da geração 60. Prova disso, foram as fotos que tirei. Por um descuido, a máquina não estava programada para o automático, aí as fotos saíram assim meio que “foguentas”, com efeitos de raio néon, algumas até fantasmagóricas. Mas, vocês repararem, é no cerne das fotos que está a melhor parte. E foi esse o recurso que descobri na máquina. Ela foca o centro e desfigura o entorno, é uma maneira de acabar com os famosos papagaios de pirata .“There, but for the Grace of God, go I”

E para terminar :
Nunca vou ao fim das coisas. Tudo começa. Nada acaba. Eu não deixo. No meu sonho, tudo se repete, mesmo que seja preciso interrompê-los de vez em quando. Tenho medo que acabem. Porque é que se hão-de levar as coisas ao fim?

Amo o incompleto, o suspenso, o atravessado, o interrompido. Os fins entristecem-me. Viver as coisas até o fim é matá-las.

E trocá-las por outras novas é traí-las. Melhor trazê-las sempre, duvidosas e imprevisíveis mas ainda gostadas e presentes
.”


Isso, infelizmente, não é meu , mas sempre que posso repito com todo o entusiasmo que merece. É de um escritor e jornalista português chamado Miguel Esteves Cardoso, de quem gosto muito .

Beijos a todos e mais uma vez obrigado pela companhia