domingo, 5 de junho de 2011

BOM DE ESTAMPA 3 - GALERIA



































































GALERIA



Fotos: Marcos Puga

Produção: André Carvalho e Cacá Valente

Apoio: R.Groove e Accopiatta (tricot)

Locação: Pousada Castelinho 38 http://www.castelinho38.com

Esse recorte é apenas o início de um projeto que percorrerá o Rio de Janeiro, revelando as potencialidades humanas, artísticas e turísticas de nosso Estado. Em breve divulgaremos o desdobramento desse primeiro ensaio e o novo ensaio. Aguardem.

http://joakingerrante.blogspot.com/2011/06/bom-de-estampa.html

BOM DE ESTAMPA 2 - GALERIA

































































GALERIA



Fotos: Marcos Puga

Produção: André Carvalho e Cacá Valente

Apoio: R.Groove e Accopiatta (tricot)

Locação: Pousada Castelinho 38 http://www.castelinho38.com/

Esse recorte é apenas o início de um projeto que percorrerá o Rio de Janeiro, revelando as potencialidades humanas, artísticas e turísticas de nosso Estado. Em breve divulgaremos o desdobramento desse primeiro ensaio e o novo ensaio. Aguardem.

http://joakingerrante.blogspot.com/2011/06/bom-de-estampa.html

BOM DE ESTAMPA












































Carioca de porte atlético, com 1.80m de altura, 75 kg de pura musculatura e coberto com uma pele de chocolate. No rosto, um sorriso alvo emoldurado por uma boca carnuda e um par de azeitonas verdes que lhe dá harmonia. Ele chama atenção. Mas, perfis e descobertas como essas não são novidades nesse mundo de fotos e passarela. Modelos de ocasião.

Marlon Diniz é seu nome. O emprego talvez lhe impeça de seguir com a carreira, mas a oportunidade que a natureza divina lhe deu é mais forte e o estimula para novos caminhos. Sabe-se muito pouco sobre ele. O mistério pode ser uma estratégia interessante.

Outros tantos rapazes começaram de forma inesperada a carreira de modelo. Paulo Zulu é um bom exemplo. Descoberto nas areias da praia de Santa Catarina, Zulu foi transportado para as passarelas, capas e páginas de editorias de moda, permaneceu um bom tempo na carreira, expandindo o seu potencial para uma pequena e modesta carreira de ator depois. Recentemente, podemos mencionar Maikel Castro, Daniel Reis e Sean como algumas das revelações nesse mundo fashion. Eles estão aí para provar até onde podem ir, caso desejem seguir a carreira. Haverá vocação para modelo ou bastará apenas uma boa estampa?

Nesse ensaio surpresa, com fotos de Marcos Puga, produção de André Carvalho e Cacá Valente, com roupas das grifes R.Groove e Accopiatta, ambientadas na Pousada Castelinho 38 (http://www.castelinho38.com), ele mostra um pouco do que é capaz... é apostar e confiar.

Esse recorte é apenas o início de um projeto que percorrerá o Rio de Janeiro, revelando as potencialidades humanas, artísticas e turísticas de nosso Estado. Em breve divulgaremos o desdobramento desse primeiro ensaio e o novo ensaio. Aguardem.

domingo, 3 de abril de 2011

Irmãos e Irmãs, fico feliz com a ideia de saber que vocês existem.

Eu já tinha percebido porque gosto de Brothers & Sister. O seriado escancara problemas corriqueiros de uma família comum, mesmo que a família Walker não seja tão comum assim. Às vezes fico imaginando como seria bom ter uma família assim, unida pelos problemas e alegrias, onde existe um “ligamento” maior do que as rígidas convenções familiares. Onde o afeto e o amor são ligações mais profundas que os simples laços sanguíneos. Laços sanguíneos não são tão simples assim.

Ao final de cada episódio, é como se saísse de uma sessão de terapia, muito embora nunca tenha passado por uma, mas imagino como se fosse. Choro. Choro pelo que não tenho, ou pelo que sinto falta. Choro pela diferença e similitude, choro por não atingir o almejado.

Hoje, mais uma vez foi pela falta. A falta que todos estão carecas de saber e que não me envergonho de dizer que sinto. É uma ferida que está cicatrizada, mas que ao leve toque rompe a casquinha superficial, e sangra. São pequenas gotas suficientes para me trazer à mente o que não tenho mais, e o que não terei. Acabou e não tem volta. Vire a página, é o que mais escuto. Siga em frente, é o que me aconselham. Esqueça, é a forma radical. Como se fosse fácil arrancar de você puros sentimentos. Como se fosse fácil ignorar a perda, por mais insignificante para o outro. O reconhecimento do sentimento que o outro tem por você, ou a falta dele, é o que mais amargura. A indiferença e o distanciamento natural que a vida nos proporciona em situações como essas é o que corrói. A insignificância de alguém que foi um dia importante para você parece não ter cura. É não ter mais existência.

Vão comparar o tempo. A duração. O tempo em que tudo aconteceu, e a duração daquele momento. Alguém consegue mensurar o tempo de ser feliz? Alguém consegue estabelecer qual a dose para ser feliz? Um ano, dois, três são suficientes? Há medida para a felicidade? Se você é feliz por dez anos, a sua cota de felicidade já está preenchida e, portanto não precisa mais dela? E se a felicidade é intensa por apenas quatro meses? Há como comparar as felicidades das pessoas? Eu posso ser muito feliz em apenas um dia do que por dez anos.

Mas, aí me vem uma lição que tive ao ler um texto. Li, certa vez, provavelmente de André Comte-Sponville, que a mais profunda e verdadeira declaração de amor é alguém lhe dizer “fico feliz com a ideia de saber que você existe”, pois não lhe pede nada. Diferente da pessoa que lhe diz “eu te amo”, pois nesse caso lhe pede tudo, pois o significado desse amor é ocupar um espaço, a falta dele mesmo. É um sentimento egoísta. Nesse caso, o que você ama, ou deseja, é ocupar um espaço em você, é a posse de algo para satisfazer um sentimento de falta. De um lado Spinoza, do outro Platão.

Recuperei o texto. É realmente de Sponville. E o cito para terminar.

“Só esperamos o que não depende de nós; só queremos o que depende de nós. Só esperamos o que não é; só amamos o que é. Trata-se de operar, portanto, uma conversão do desejo: quando, espontaneamente, como a criança antes do Natal, só sabemos desejar o que nos falta, o que não depende de nós, trata-se de aprender a desejar o que depende de nós (isto é, aprender a querer e a agir), trata-se de aprender a desejar o que é (isto é, a amar), em vez de desejar sempre o que não é (esperar ou lamentar).”

Só se sente falta daquilo que um dia já se teve, por mais que seja a falta do amor de posse e egoísta. E a esperança de se ter de volta é para quem não tem conhecimento da possibilidade da reconquista, portanto, nada animador.

quinta-feira, 24 de março de 2011

A hora e a vez do Gago

Houve um tempo em que um Gago teve fama conquistada por ações heróicas e sob a alcunha de Coutinho. Gago Coutinho, o velho marinheiro português, falecido em 1959 – um dia após completar 90 anos –, teve como façanha realizar, junto com o seu companheiro Sacadura Cabral, a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, no hidroavião Lusitânia. Em 1922, saiu de Lisboa com destino ao Rio de Janeiro, cidade maravilhosa e maravilhada por ele. Cidade que lhe dedicou nome de rua em retribuição ao carinho e amor que por ela tinha.

Mas a história, hoje, é outra. Agora, é a vez do gago, sim, aquele que é reconhecido pela disfunção neurofisiológica que rompe a fina e precisa sincronia pneumofonoarticulatória necessária para a produção da fala. Confuso, né? Mas tão fácil de identificar. Os gagos estão cada vez mais populares e carismáticos. Não há quem não se encante e solidarize com eles. Há, até, quem compartilhe, temporariamente, a sua disfunção.

Lembrando os personagens gagos que criaram fama, a lista é grande. A começar pelo porquinho atrapalhado e constantemente atormentado pelo Patolino, o Gaguinho, criado pela Looney Tunes em 1935, passando pela personagem de Dirceu Borboleta da novela “O bem amado” (Emiliano Queiroz), e culminando com a personagem que ganhou o Oscar de melhor ator 2011, George VI (Colin Firth) no filme “O Discurso do Rei”. E a lista desses personagens continua com Rui da Silva (José Vasconcelos)da “Escola do Professor Raimundo”, Téo (Marcos Frota) da novela “Vereda Tropical”, Caio Szemanski (Antonio Fagundes) da novela “Rainha da Sulcata”, Fabrício (Murílio Benício) da “Fera Ferida”, e mais recentemente Cristiano (Paulinho Vilhena) da novela “Morde e Assopra”, entre tantos outros.

Saindo da área audiovisual e invadindo a área musical, o curioso, nesse caso, é que os gagos não gaguejam quando cantam. O mais famoso dentre eles foi o cantor Nélson Gonçalves, falecido em 1998.

Mas, muitos sem tanta notoriedade, tornaram-se famosos pela sua gagueira, ou pelo menos, foram impulsionados por ela, graças à mídia. Antes do boom das redes sociais e sites de vídeos, David Brazil alcançou a fama pelo jeito peculiar e simpatia. Deixou a carreira de relações públicas de uma rede de restaurantes e conquistou o patamar de celebridade. A lista não para de crescer se incluirmos os vídeos de gagos anônimos na internet.

E por falar em anônimos, hoje, parece obrigatório incluir um gago na criação de um grupo seleto e diversificado de personagens, seja num reality show ou na própria composição de uma história repleta de tipos diferentes. Essa foi uma das opções, por exemplo, do personagem Fabinho da peça “Clandestinos”. Fabinho, o personagem de um diretor de teatro, ao compor o grupo de personagens para a sua história, chega a pensar em um gago, mas o exclui, exatamente por este motivo e não possibilitar um riso fácil na plateia. Mas o personagem revela-se como um modelo que cansado do estereótipo da profissão se faz passar por um gay que finge ser gago... confuso, mas, mais uma vez, divertido.

A gagueira dá tão certo que acompanha o ator em outros personagens. Mal acabou de se despir do gago Íçaro na novela “Bela a Feia”, o ator Rafael Primot utiliza do artifício para construir outro personagem, o escritor tímido e patologicamente romântico, Matt, na peça “Inverno da Luz Vermelha”. Mas, dessa vez, o riso é contido e nervoso, beirando a uma ligeira compaixão.

Em tempo: o velho Coutinho, não tinha nada de gago.


Mais alguns Gagos conhecidos
James Earl Jones - Ator contemporâneo, norte-americano.
Bruce Willis - Ator contemporâneo, norte-americano.
Aristóteles - (384-322 a. C.), principal filósofo grego da antiguidade.
Hipócrates - (460-332 a. C.), filósofo grego.
Moisés - (século 12 a. C.), antigo sábio.
Lewis Carroll – (1832-1898), escritor, autor de “Alice no País das Maravilhas”.
Charles Darwin – (1809-1882), naturalista, autor de “A Origem das Espécies”.
Winston Churchill – (1874-1965), primeiro-ministro da Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial.
Marilyn Monroe – (1926-1962), atriz de Hollywood.

foto retirada do portal gagocoutinho.wordpress.com