domingo, 21 de fevereiro de 2010

É SEGREDO, NÃO CONTO A NINGUÉM

CRY ME A RIVER
Now you say you're lonely
You cry the long night through
Well, you can cry me a river
Cry me a river
I cried a river over you
Now you say you're sorry

For being so untrue
Well, you can cry me a river
Cry me a riverI cried a river over you
You drove me, nearly drove me, out of my head

While you never shed a tear
Remember, I remember, all that you said?
You told me love was too plebeian
Told me you were through with me and
Now you say you love me

Well, just to prove that you do
Come on and cry me a river
Cry me a river
I cried a river over you
I cried a river over you
I cried a river...over you...

http://vimeo.com/7703560


“NOT CRY OVER SPILLED MILK”


JÁ PASSOU
Agora, oficialmente, começaremos o ano. Muito embora, para mim, ele já esteja sendo contabilizado com gastos, dívidas, incursões cirúrgicas e blá blá blá...

Escrevi esse texto, antes da quarta-feira de cinzas, mas acabei não enviando, por isso algumas coisas, aqui, poderão estar com um “quê” de déjá vu.

Unidos da Tijuca é campeã! Não só do ano de 1937, mas de 2010, também... déjá vu!

O carnaval do Rio de Janeiro toma conta das ruas no mês de fevereiro... déjá vu!

Os blocos, cada vez mais, capricham com nomes inusitados, do tipo : “Vai tomar no Grajaú”, “Cutucano atrás”, “O negócio tá feio e o seu nome tá no meio”, “Se não quiser me dar, me empresta”, “ É pequeno mas balança”, “ Tá na frente, eu empurro”, “Vem ne mim que sou facinha”... déjá vu!

Ocupação de hotéis aumenta, apesar da crise (?)... déjá vu!

E, as rainhas de bateria são um sucesso na avenida... déjá vu!

Carlinhos de Jesus coreografa uma ala da Mangueira... déjá vu!

Paulo Barros mais uma vez (sic) inova na Sapucaí... déjá vu!

Astros americanos visitam o Rio de Janeiro no Carnaval... déjá vu!

“Me beija que sou cineasta” na coluna do Joaquim... déjá vu!

Astros globais comparecem no camarote da Brahma... déjá vu!

O carnaval passou e não fui ao cinema ... déjá vu!

E, as mulheres reclamam que está faltando homem na banda de ipanema... déjá vu!


VALE-NIGHT
Em Salvador, descobriram uma maneira de driblar as brigas entre casais no Carnaval. É o VALE-NIGHT.

Você dá um vale-night para ela, ou para ele, ou para todos, com prazo de validade de 1 a 7 dias de folia. É uma forma de dar uma trégua aos sentimentos apaixonados e possessivos de plantão. Há de ter muita segurança e sensatez.

http://www.youtube.com/watch?v=uD4MUgreOqI

Segue a letra.
Vale Night, o passaporte da folia

Encontrei a solução pra essa agonia,
Peça o seu vale night caia na folia.
Olha aqui

você não se ache, você não me alugue
você não me acabe não
Diga ai, não tem quem agüente
Sou muito descente, acho que mereço então
Oh meu bem, é muito trabalho, na semana inteira
Quero só meu dia de paz
Encontrei a solução pra essa agonia
Peça o seu vale-night, caia na folia
Ela me deu o vale-night o, o, o

Eu precisei do vale night o, o, o
Eu andava todo estressado
agora a coisa mudou
Ela meu deu o vale-night o,o,o

Eu precisei do vale-night o,o,o
Vem curtir agora o novo lancea galera pirou.
A gente precisa de uma saída afinal

A festa com o vale night
Abalou geral...
Ela me deu o vale-night o, o, o

Eu precisei do vale night o, o, o
Eu andava todo estressado
agora a coisa mudou
Ela meu deu o vale-night o,o,o

Eu precisei do vale-night o,o,o
Vem curtir agora o novo lance
a galera pirou.
Quem tá solteiro, continua solteiro

Quem tá casado, continua casado
Quem tá ficando, continua ficando
Mas o vale night é um direito do povo
Encontrei a solução pra essa agonia
Peça o seu vale night caia na folia
Ela me deu o vale-night o, o, o

Eu precisei do vale night o, o, o
Eu andava todo estressado
agora a coisa mudou
Ela meu deu o vale-night o,o,o

Eu precisei do vale-night o,o,o
Vem curtir agora o novo lance
a galera pirou.
Ela me deu o vale night...

ALGUMA COISA ESTÁ MUDANDO, MAS AOS POUCOS
Com o choque de ordem, as ruas do Rio de Janeiro foram tomadas por batalhões de repressores do jato dourado alheio. Já não era sem tempo. Isso é uma questão de educação e cultura do povo, e tem que ser, aos poucos, modificada.

Quem nunca foi testemunha, ou mesmo cúmplice, do crime, ainda que outrora legal? Os pais sempre incentivaram o meninozinho a colocar o bilau pra fora na hora do aperto.

Uma pesquisa entre 5 cidades do Brasil, nesse Carnaval, destacou Fortaleza como a cidade dos mijões. Lá eles estão soltos, pois ainda não há lei contra os jardineiros de postes e pixodores de muros. E, talvez por isso, foram registrados, apenas num mesmo muro, mais de 200 homens se aliviando. Já, em Santos, não houve um registro sequer.

As novas áreas destinadas para o despacho da excreção renal masculina, instaladas na Zona Sul do Rio, chamadas de fraldões pelo povo, dividiram opiniões. Uns gostaram, outros não. Eu achei engraçado. Mas fiquei confuso. Pareceu-me a manutenção da tradição do balneário carioca. Manteve-se a imagem, sem emporcalhar e feder a cidade.


É SEGREDO, MAS DEPOIS EU CONTO
Das boas coisas que vejo nos desfiles das escolas de samba, uma delas é a Comissão de Frente. As outras são a Bateria e sua Rainha.

Esse ano, a Unidos da Tijuca caprichou nos quesitos criatividade e originalidade. Uma beleza a magia da troca dos 7 vestidos de suas componentes. Um toque mágico.

Outra que me encantou, foi a Comissão da Mocidade de Padre Miguel, com os seus anjos barrocos. Eles pareciam que deslizavam na passarela. Bonito de se ver.


AS REALEZAS
Como eu escrevi acima, as Rainhas são uma das coisas que mais gosto nos Desfiles. Espetáculos à parte.

Achei curiosa a fantasia da Adriana Galisteu de melindrosa, na Unidos da Tijuca.

Em geral, todas estavam mais comportadas do que nos carnavais passados.

Mas não é só o corpo e a fantasia – que deixa esconder o que todos querem ver -, que me encantam. A atitude e simpatia contam muito, também.

Sempre gostei muito da Monique Evans pela ousadia, da Luma de Oliveira pela beleza e simpatia e Luiza Brunet pela elegância. Mas esse ano, a Paola de Oliveira, pela Grande Rio, continuou dando um show de elegância, beleza e simpatia, repetindo o que fez no ano passado. Para mim, ela é a nova Musa do Carnaval.


ENTRE O SAGRADO E O PROFANO
Mas teve uma, do clã da realeza, que teimou em chamar mais atenção do que todas as rainhas que desfilaram na Marquês de Sapucaí. Madonna, com o seu Jesus-Coitado e as pastorinhas, chamou a atenção de quem foi ao desfile.

Está certo que ela foi discreta e simpática, mas parece que a fama do carioca de ser low profile com as celebridades, dessa vez, não vingou.

Fiquei sabendo que ela foi rigorosamente profissional com a AMBEV que vai dar dinheiro para a sua ONG. U$ 1 milhão, para ser exato. O contrato previa 2 horas no camarote. Essas duas horas foram executadas à risca. Saiu de lá para o hotel e, no dia seguinte, já estava a caminho para os EUA.


LOURA DEVASSA
Mas quem incomodou mesmo, foi a nova Loura Devassa. Depois de passar alguns dias se insinuando para os vizinhos e pedestres na orla de alguma praia da Zona Sul Carioca, a socialite, empresária e loura, Paris Hilton, deu as caras e bocas na Marquês de Sapucaí.

Divulgada pela cervejaria por meio de um anúncio de TV, Paris,remexendo-se, entreabrindo a boca com lábios vermelhos e jogando as madeixas louras, ora para um lado, ora para outro, como toda modelo de cabelos louros e compridos. Com movimentos serpenteados que não chegam a encostar o bumbum no chão, ela esbanja sensualidade no anúncio da Cervejaria Devassa.

Na Marquês de Sapucaí, porém, essa sensualidade toda foi menor. Matou de inveja e arrancou declarações pouco polidas de nossas celebridades, como: “Gente, ela não faz nada na vida, só é rica”, acha isso pouco?. Ou, “Nem gostosa a mulher é”, talvez para os nossos padrões de popozudas. E, “Ela é igualzinha à Lady Kate”, inveja!!!

Não sou fã, mas não se justifica utilizar argumentos como esses. Ela não tem tanto valor assim, realmente, mas prestou para o papel que foi contratada. Acho até que ela foi contrata por ser devassa. Será que ela sabe o que é ser devassa? O que os empresários passaram para ela é que devassa é “hot”, palavra que ela usa muito.


VACAS MAGRAS
Em tempos de recessão na Dona Mariana, recorri a uma reclusão forçada, dando as caras no carnaval apenas em dois dias. Um deles, foi para participar do “Me beija que sou cineasta”. Fui com a minha magrela até a Gávea e a prendi num poste em frente a um bar. Quando voltei, a roda estava empenada e voltei para casa, empurrando a bicicleta.

Não fosse só isso, esqueci de pagar o plano de saúde. Saldo total de 80 reais que não economizei.


O MASCARADO
Descobri que máscara, pra mim, só serve aquela que coloco no rosto e que me tampa metade dele. Ajudada por um chapéu, torno-me irreconhecível. Foi assim no bloco “Me beija que sou cineasta”.

Quem eu cumprimentava, aparatado com os meus adereços momescos de espadachim, não me reconheciam. E, aqueles, que me cumprimentavam, pensando me conhecer, eram para mim totalmente desconhecidos. Isso me valeu um beijo de uma melindrosa coquete com ares de cleópatra, logo após a chamada da organizadora do bloco para que as pessoas começassem a beijar, afinal “copo d’água e beijo não se nega a ninguém”, gritava Natara ao microfone.

A coquete Mila, virou e splash no espadachim! Faturei 1 ponto. Mas ainda era pouco para uma tabela que pontuava: beijo 1 ponto, sexo 10 pontos, sexo com 2 pessoas juntas 50 pontos e sexo no banheiro químico da prefeitura 200 pontos.


A HORA É ESSSA!!
Mas como não falar das paradinhas das baterias? A Imperatriz está aí para comprovar...
Da teatralização invadindo as alas e as baterias, por exemplo...
Das alas coreografadas...
Das alegoria aladas.



VOU FESTEJAR

Chora, não vou ligar

Chegou a hora
Vai me pagar
Pode chorar pode chorar (mais chora!)
É, o teu castigo

Brigou comigo

Sem ter porquê

Eu vou festejar, vou festejar

O teu sofrer, o teu penar
Você pagou com traição


A quem sempre lhe deu a mão
La laia, la laia


La la la

http://www.youtube.com/watch?v=VPWRrmyfZ6w